O resgate de não-combatentes, missões de ajuda humanitária ou ressuprimento de tropas em locais de conflito são algumas das tarefas que podem ser designadas aos esquadrões de transporte da Força Aérea Brasileira, seja para atender ao governo brasileiro, ONU ou países amigos. Aprimorar o preparo das tripulações para atuar nestes cenários em qualquer lugar do mundo com segurança está entre os principais objetivos da atualização da Doutrina da Aviação de Transporte da Força Aérea Brasileira. Prestes a ser publicada, uma prévia com os principais conceitos e pontos modificados foi apresentado aos participantes da Reunião da Aviação de Transporte 2013 (RAT). O evento realizado no Rio de Janeiro vai até a próxima quarta-feira (12/06).
Depois de passar por adaptações ao longo das últimas três décadas, a mudança mantém foco em conceitos fundamentais de operacionalidade como a simplificação do planejamento da missão, o aumento da relevância do nível de informações de inteligência e o uso das tecnologias embarcadas nas aeronaves. Além disso, aperfeiçoa a interação do transporte com os recursos das aviações de Caça e de Reconhecimento, e utiliza o Datalink.
Mais próximo do utilizado pelos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o novo manual é resultado da participação dos esquadrões de transporte em exercícios internacionais. “A Maple Flag é um divisor de águas”, sintetiza o Major-Aviador Cláudio Faria, que participou do exercício realizado no Canadá no ano passado e também do grupo de trabalho que propôs as modificações. “Estamos preparados para atuar em qualquer lugar do planeta”, conclui ele.
A nova doutrina deve ser empregada no exercício Cruzex Flight 2013 que será realizado no segundo semestre de 2013 em Natal (RN). Organizado pela Força Aérea Brasileira, o treinamento vai reunir pelo menos 11 países.